Reconstrução Mamária
Câncer de mama
O câncer de mama é uma doença altamente prevalente entre as mulheres. É o segundo tipo mais frequente no mundo, e o mais comum entre as mulheres, respondendo por 22% dos casos novos a cada ano. Se diagnosticado e tratado oportunamente, o prognóstico é relativamente bom.
No Brasil, as taxas de mortalidade por câncer de mama continuam elevadas, muito provavelmente porque a doença ainda é diagnosticada em estágios avançados. Na população mundial, a sobrevida média após cinco anos é de 61%. Estima-se por volta de 50.000 casos novos todo ano.
Direito à reconstrução mamária
A reconstrução mamária, no Brasil, é garantida por lei desde 1999, para as pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), através da Lei 9.797/1999. Desde abril de 2013, a lei 12.802/2013 garante a reconstrução mamária deve ser realizada nas pacientes do SUS no mesmo tempo cirúrgico do tratamento do tumor, sempre que houver condições médicas de sua realização.
A decisão de se submeter à cirurgia de reconstrução da mama é pessoal. Você é quem deve decidir se os benefícios atingirão suas expectativas e se os riscos e potenciais complicações são aceitáveis.
Como a reconstrução é realizada?
As reconstruções, em Cirurgia Plástica, devem partir do princípio da simplicidade, ou seja, iniciamos com procedimentos de menor complexidade, como a sutura simples do defeito, passando por retalhos locais e, se necessário, retalhos à distância. Qualquer um dos procedimentos descritos pode ser associado ao uso de implantes mamários de silicone ou de expansores mamários de silicone, dependendo da extensão da ressecção e necessidade de complementação de volume para simetrização com a mama contralateral.
A programação cirúrgica e definição dos possíveis tipos de reconstrução deve ser feita de forma individualizada para cada paciente. A associação de equipes no tratamento do câncer de mama é essencial para que se obtenha o sucesso esperado. As equipes médicas de Mastologia, Cirurgia Plástica e Oncologia devem compartilhar informações sobre o caso da paciente avaliada, com o objetivo de uma programação cirúrgica da área a ser ressecada, das possibilidades de reconstrução e se a paciente será submetida a radioterapia e quimioterapia no pós-operatório.
A partir da obtenção de todos esses dados, o cirurgião plástico pode programar as possibilidades de reconstrução mamária e orientar a paciente de maneira adequada. Não há consenso sobre qual a melhor técnica para reconstrução mamária.